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Somos a geração que precisa mudar o destino do planeta 

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A emergência climática é, como o próprio nome diz, urgente. E exige o compromisso de todos, em todas as esferas de atuação.

Dilma Campos

Por Dilma Campos Publicado em 27 de maio de 2024

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As palavras do ex-presidente dos EUA Barack Obama são poderosas e precisas em relação ao momento atual da humanidade no planeta: “Nós somos a primeira geração a sentir os impactos da mudança climática e a última geração que pode fazer algo sobre isso.” 

Fazer a diferença e agir movida pelo propósito de construir um mundo mais inclusivo, sustentável e colaborativo, que respeita o meio ambiente e a diversidade, foi um dos motivos que me impulsionou a sair do mercado corporativo e empreender há 16 anos. 

O ano era 2008 e eu era uma das poucas vozes a pregar por ações sustentáveis nos eventos dos clientes da minha empresa. Hoje, o ESG já está na pauta estratégica de muitas companhias, nas novas leis brasileiras e na agenda econômica das marcas. Mas ainda precisamos fazer muito mais e mais rápido.

O tempo urge e a emergência climática é o alerta de que é preciso acelerar cada vez mais na construção do único futuro possível para a humanidade. Nós somos a geração que tem o dever de fazer isso acontecer, senão por nós, pelo futuro dos nossos filhos.

Em 2019, a ativista sueca Greta Thunberg, com apenas 16 anos, criou o movimento Fridays for Future e se tornou o maior exemplo do ativismo dos jovens da Geração Z em prol de mudanças concretas na política ambiental mundial. Em 2022, o Pacto Global das Nações Unidas (ONU) no Brasil criou um comitê jovem, formado por oito representantes de diferentes causas, sendo um deles a advogada Paloma Costa, que é membro do Grupo Juvenil de Aconselhamento sobre Mudança Climática do Secretário-Geral da ONU. Movimentos como estes ajudam a pressionar a opinião pública e os políticos a aceleraram a agenda em prol do tema.

Os jovens são um importante agente de mudança da sociedade, pois cresceram em um contexto educacional onde a pauta da sustentabilidade esteve presente, o que os faz serem mais exigentes como consumidores de marcas de empresas sustentáveis e também trabalhadores que exigem das empresas um posicionamento claro a respeito do impacto no meio ambiente e das relações éticas com todos os stakeholders do ecossistema.

Mas essa é uma mudança que precisa de todos nós. Mudar os hábitos de consumo, privilegiando produtos de marcas sustentáveis, acelera a virada desse jogo. Um recente estudo da Opinion Box, que abordei no meu artigo do mês passado, mostrou que 90% dos brasileiros já deixaram de consumir produtos ou serviços de alguma empresa por não serem sustentáveis. Pouco mais da metade (54%) está inclusive disposto a pagar mais caro por produtos mais naturais e que agridem menos o meio ambiente.

Podemos usar ainda as redes sociais para ampliar nossas vozes e divulgar os valores e práticas em que acreditamos. Campanhas como a #ActNow, da ONU usam a força da colaboração para propor ações concretas na vida diária. 

Como colaboradores ou executivos de empresas e como empresários, devemos liderar pelo exemplo, assumindo compromissos de redução de emissão de carbono, usando energia limpa, incentivando o uso de transportes coletivos por nossos colaboradores, reciclagem dos resíduos, entre outras ações. Comprometer-se com metas e aliar-se a ações de sustentabilidade corporativa como as propostas pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU na Ambição 2030 são boas práticas para uma gestão corporativa mais sustentável.

A emergência climática é, como o próprio nome diz, urgente. E exige o compromisso de todos, em todas as esferas de atuação: no trabalho, na vida pessoal e nas nossas relações como sociedade. A hora é agora: ou mudamos o futuro do planeta ou poderá não haver mais planeta no futuro.

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