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Economia da atenção: como captar e manter o interesse do consumidor

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Vivemos na era da economia da atenção, um cenário em que o grande desafio das marcas não é apenas vender, mas captar e manter a atenção do público em meio a um volume crescente de estímulos digitais. Se antes o foco do marketing era apenas a conversão, hoje, conquistar o tempo e o foco da […]

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Por Redação Publicado em 27 de junho de 2025

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Vivemos na era da economia da atenção, um cenário em que o grande desafio das marcas não é apenas vender, mas captar e manter a atenção do público em meio a um volume crescente de estímulos digitais.

Se antes o foco do marketing era apenas a conversão, hoje, conquistar o tempo e o foco da audiência é o primeiro, e talvez o mais difícil, passo.

Neste contexto, profissionais de marketing, agências de conteúdo e criadores independentes precisam repensar estratégias para se destacar em meio ao excesso de informação. Para entender como as agências de conteúdo estão navegando nesse cenário, conversamos com Patricia Calil, Head de Conteúdo da Snack Content. Confira!

Desafios para marcas e criadores de conteúdo na economia da atenção

A economia da atenção mudou radicalmente as regras do jogo. Marcas que entendem essa lógica e investem em conteúdos relevantes, bem produzidos e alinhados ao comportamento do consumidor saem na frente. Mais do que capturar a atenção, o desafio é conquistar um espaço legítimo na vida — e na mente — das pessoas.

A batalha pelos primeiros segundos

Patrícia destaca que, hoje, “o público não está ‘dando uma chance’ para o conteúdo. Ele decide em dois segundos se permanece ou passa adiante. Conteúdos que já começam com movimento, zoom, texto na tela ou uma frase direta tendem a performar melhor. E não é sobre superprodução. Às vezes, só um rosto falando uma frase tipo ‘Você também faz isso sem perceber?’ já resolve.”.

Ela reforça que a combinação de tendências e utilidade, especialmente em vídeos curtos, tem mostrado ótimos resultados. “Quando a edição é rápida, tem trilha que casa e com linguagem nativa, a retenção sobe”, explica.

No mar de estímulos que caracteriza a economia da atenção, equilibrar criatividade e dados é essencial para produzir conteúdos que realmente engajem. Para Patrícia, “o segredo está em começar pelos dados, mas não ficar preso a eles. Por exemplo: se os dados mostram que tutoriais curtos engajam bem nos Reels, beleza. Mas aí a criação entra com uma abordagem inesperada, um gancho diferente, uma linguagem fora do padrão, uma estética própria. Os dados te mostram o caminho que vem funcionando, mas a criatividade é o que vai fazer o conteúdo ser lembrado”.

Ainda assim, muitas marcas continuam cometendo erros clássicos ao tentar se destacar nesse ambiente. Um dos principais, segundo Patrícia, é supor que o público vai esperar pacientemente o conteúdo “começar”. “Muitos conteúdos ainda abrem com logo, cena genérica ou alguém se apresentando, e aí já era. A ‘for you’ já rodou pra cima”, afirma.

Conteúdo com linguagem nativa de cada plataforma

Outro equívoco recorrente é adotar uma abordagem excessivamente publicitária, ignorando a linguagem nativa de cada plataforma. “No TikTok, por exemplo, se não parece conteúdo de gente como a gente, já perde força. Tem muita marca tentando forçar presença em trends sem adaptar, o que soa forçado. A atenção vem quando o conteúdo parece conversa, não anúncio”, provoca.

Em relação aos formatos e plataformas com maior potencial para prender a atenção atualmente, Patrícia é categórica: “TikTok ainda é o lugar onde tudo começa, ele dita ritmo, linguagem e até estética. Mas Reels é onde a gente vê mais resultado com colabs, bastidores e conteúdos com mais narrativa. Shorts do YouTube tem crescido muito também, principalmente para recortes de conteúdos mais longos. Tudo que é direto, útil e tem algum elemento surpresa chama atenção. O importante é parecer ‘real’ e não polido demais”.

Dados e criatividade na economia da atenção: o equilíbrio essencial

Quando o assunto é mensurar resultados, Patricia enfatiza que o número de visualizações, sozinho, não é suficiente. “O número de visualizações sozinho não diz quase nada porque, quando tem mídia, ele é inflado e pode trazer um insight equivocado. O que realmente mostra que o conteúdo funcionou é o engajamento, quando a pessoa interage de verdade: comenta algo relevante, salva, compartilha ou começa a seguir a marca por causa daquilo.”

Além disso, destaca a importância da retenção de audiência: “Se a pessoa assiste até o fim, quer dizer que o conteúdo prendeu. A gente percebe que vídeos com boa retenção quase sempre têm taxas de engajamento maiores também. O ideal seria combinar essas duas métricas para entender o que realmente entregou valor.”

A nova era da comunicação exige, portanto, uma combinação estratégica entre dados, criatividade, adaptação à linguagem das plataformas e foco total no comportamento real do público. Só assim será possível não apenas capturar, mas manter a atenção em um ambiente cada vez mais saturado e competitivo.

Gostou de saber mais sobre a economia da atenção? Continue acompanhando nosso blog para mais insights sobre marketing de conteúdo, estratégias de retenção de audiência e como gerar engajamento nas redes sociais.

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