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Aplicado tanto no digital como no presencial, o shoppertainment prioriza a experiência de compra divertida e envolvente.
Por Álvara Bianca Publicado em 28 de novembro de 2023
Acessibilidade
Cada vez mais as marcas utilizam a tecnologia e recursos em vídeo para vender e estar mais próximo do seu consumidor. No mundo do marketing, vários termos surgiram nos últimos anos como, por exemplo, live shopping e shoppertainment. Aliás, você sabe o significado ou diferença entre eles?
Live shopping é vender ao vivo por uma tela, seja do celular, do computador ou da televisão. É mais direcionado à venda imediata. Já shoppertainment é o ato de vender através de um storytelling. Contar uma história para vender um produto e criar uma experiência de compra prolongada e emocionante.
Para João Ramirez, CEO da Live Cake – startup de live shopping da B&Partners, os conceitos se complementam, considerando que será cada vez mais comum a venda de produtos e serviços integrados com conteúdos de entretenimento, assim como a construção de propriedades intelectuais pensadas por marcas para acelerarem resultados de vendas.
Apesar de distintos e com funções diferentes, Albano Neto, CSO de estratégia da Score – empresa de data retail da B&Partners.co, acredita que no final os dois conceitos respondem a um ponto muito específico de como tornar o ato de comprar tão presente e tão fácil no nosso dia a dia em algo mais significativo.
O Shoppertainment se aplica tanto no digital como no presencial. No presencial, lojas customizadas, pop-up stores ou experiências diferenciadas de compra são uma tendência. No digital, os canais de conteúdo de marcas e o liveshopping são os principais movimentos que mostram como a construção de um storytelling de marca pode acelerar resultados em vendas.
Albano explica que graças ao e-commerce o shoppertainment surgiu e se estabeleceu como uma ferramenta importante para transformar as compras em algo mais divertido e prazeroso no ambiente online.
“Quem não foi impactado com vídeos, músicas, concursos virtuais e histórias interativas no começo do e-commerce? Com a expansão do conceito omnichannel e a popularidade das vendas digitais, os varejos começaram a repensar seus espaços físicos, criando um movimento onde a visita física a uma loja deveria ser memorável, significativa e gerar uma relação além da transacional com as pessoas. Dessa maneira, o shoppertainment explodiu, primeiro nas grandes lojas conceito das marcas, depois nas lojas próprias, passando pela ressignificação de canais como supermercados e, hoje, é possível ver esse conceito invadindo ate o mais transacional dos canais, o Cash and Carry (atacarejos)”.
“Quando uma marca insere um QR code de vendas durante um reality show ou uma partida esportiva, está fazendo shoppertainment. Com mudanças significativas no perfil da audiência e na relação das marcas com publishers, temos visto novamente programas assinados por marcas nas emissoras de TV, além dos canais de YouTube 100% criados por marcas. Um exemplo é o Coisa Nossa, do Guaraná Antarctica, que é uma propriedade de humor, um dos maiores canais do segmento no mundo, e migrou do YouTube e TikTok diretamente para as latas e garrafas no supermercado”, exemplifica João.
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Para o CEO da Live Cake, todas as marcas e varejos precisam ter estratégias para construir uma comunidade de fãs. São os consumidores-fãs de uma marca que apoiam um crescimento sustentável no decorrer dos anos.
O shoppertainment surge então como uma estratégia para a marca entreter e contar uma história. Veja algumas das vantagens apontadas pelo CSO de estratégia da Score.
Aumento do engajamento do cliente: O shoppertainment atrai a atenção dos consumidores e os mantém envolvidos por mais tempo, o que pode resultar em um maior tempo gasto nas plataformas da marca e mais oportunidades de interação.
Diferenciação da concorrência: Oferecer uma experiência única de compra por meio do shoppertainment ajuda as marcas a se destacarem em um mercado lotado e a se destacarem da concorrência.
Fidelização de clientes: Clientes que têm experiências de compra positivas e memoráveis são mais propensos a se tornarem leais à marca, comprando repetidamente e recomendando-a a outros.
Aumento nas vendas: Através do shoppertainment, as marcas podem impulsionar vendas, já que os clientes mais envolvidos e entusiasmados têm maior probabilidade de fazer compras e gastar mais.
Alcance de audiências mais amplas: O entretenimento pode atrair uma audiência diversificada, permitindo que as marcas alcancem diferentes grupos demográficos e públicos-alvo.
Maior visibilidade: Eventos de shoppertainment, especialmente aqueles transmitidos ao vivo, podem atrair uma atenção significativa nas redes sociais e em outras plataformas de mídia, ampliando o alcance da marca.
Coleta de dados: O shoppertainment também pode ser uma maneira eficaz de coletar informações sobre o comportamento do cliente e as preferências, o que pode ser usado para personalizar futuras estratégias de marketing e vendas.
Tanto João como Albano consideram que o shoppertainment não é mais uma tendência, e sim um ferramenta que chegou para ficar e fazer a junção entre marketing e vendas, criando uma nova forma de consumo e de relação das marcas com as pessoas, principalmente nos pontos de vendas físicos.
“Temos visto que quanto mais significativas as experiências de compra, mais memoráveis e com mais significado, maiores são os indice de recompra, fidelidade e mais consistentes e potentar são os atributos avaliados daquela marca”, destaca Albano.
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O que muitos profissionais podem questionar é como o digital e físico podem se complementar para oferecer uma experiência de shoppertainment. Albano considera que toda a jornada de compra pode ter uma camada de experiência, de surpresa e de entretenimento.
“Vivemos num momento de consumo onde a expectativa do comprar, do descobrir o presente, do desembrulhar, da jornada de compra são tão relevantes quanto a compra do produto em si. Nesse cenário o digital e o físico, quando se complementam, viram ferramentas poderosas para captar a atenção das pessoas, tornando esse momento muito maior do que apenas uma transação e fazendo que a jornada de compra vire uma jornada de descoberta das marcas. Virando assim um momento genuíno, focado e memorável para que a marca conte uma história sedutora sobre seu produto ou sobre seus territórios para as pessoas”.
“Não deveriam existir fronteiras entre o digital e o físico. O futuro é phygital! As estratégias das marcas devem sempre contemplar os pontos de contato com a audiência em qualquer meio ou lugar, finaliza João.
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