“SDGs in Brazil”: lições e reflexões para um futuro sustentável

Imaginar o futuro ESG começa hoje! Os últimos dias 14 e 15 de setembro foram históricos e meu coração vibrou ao participar ao vivo de cada uma das discussões do “SDGs in Brazil”, evento promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil em Nova York, na sede da ONU. 

Eu e Bazinho Ferraz, CEO e Fundador da nossa network, fomos convidados a estar lá para acompanhar os avanços das empresas brasileiras com relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS, ou a sigla SDG, em inglês) e reforçar nosso compromisso com dois deles: o ODS 5, que fala de Igualdade de Gênero; e o ODS 10, Redução das Desigualdades.

Os ODS foram definidos em uma Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015, com adesão de 193 Estados-membro. São 17 objetivos e 169 metas globais interconectadas que devem ser atingidas até 2030, no que ficou conhecido como Agenda 2030. Para cumprir essa ambiciosa meta, é necessário um esforço coletivo mundial de governos e de empresas.

Aqui na B&Partners.co, assinamos nossa adesão ao Pacto Global, aderindo a dois dos movimentos prioritários definidos pela Ambição 2030: Elas Lideram e Raça é Prioridade. Nos comprometemos com o objetivo de nos tornarmos uma das empresas com 50% de pessoas negras e 50% de mulheres em posição de liderança até 2030.

Responsabilidade empresarial: a hora é agora!

O Pacto Global da ONU no Brasil foi criado há 20 anos, com adesão inicial de 30 dirigentes empresariais. Hoje, a rede brasileira é a segunda maior rede local do mundo, com quase 2 mil participantes. É essa chamada à maior responsabilidade das empresas que marcou o discurso de abertura de Rachel Maia, chairwoman da Rede Brasil do Pacto Global, no “SDGs in Brazil”.

Rachel reforçou a importância da Governança corporativa (o G do ESG) para garantir que os processos da empresa impactem positivamente a sociedade, tanto no aspecto ambiental como no social. Carlo Pereira, CEO da Rede do Pacto Global da ONU no Brasil, argumentou em sua palestra que apenas uma liderança humanizada será capaz de colocar em prática essa estratégia nas organizações.

Foi muito interessante ver a futurista Amy Webb desafiar o Brasil a ser, de fato, o país do futuro. Para isso, é preciso mudar nossa forma de fazer negócios e acabar de vez com práticas que devastem a Amazônia ou impactem negativamente os povos indígenas e outros grupos sub-representados. 

Outro ponto alto do evento foi o lançamento do Movimento Impacto Amazônia, que tem como objetivo engajar empresas a contribuírem com o desenvolvimento sustentável da Amazônia. A Ambipar e a Eletrobras são as embaixadoras desse movimento, que também firmou uma parceria com o Ministério Público para composição dos grupos de trabalho que serão responsáveis pelo desenvolvimento de soluções para resolver questões críticas da região. O Movimento deve ganhar a adesão de outras empresas à causa nos próximos dias: para isso, elas devem garantir que suas operações e cadeias de valor não contribuirão para o desmatamento da região até 2030.

Nos dois dias do evento, acompanhei de perto as discussões e iniciativas sobre biodiversidade, direitos humanos, meio ambiente e economia circular. Encontrei empresários, representantes de grandes instituições brasileiras de diferentes setores, que foram ao evento para aprofundar seus conhecimentos e aprender boas práticas de empresas comprometidas com o impacto social e ambiental de seus negócios.

Foi recompensador ver como a conscientização da sustentabilidade se tornou um movimento irreversível, nossa única possibilidade de futuro. Me senti grata por viver nesses dias tudo o que sempre acreditei, vivi e pratico até hoje, na minha vida pessoal, nos meus negócios, como CEO da Nossa Praia e como Head de ESG do nosso grupo. Somente dessa forma poderemos construir um futuro sustentável para o planeta, para as pessoas e para os negócios. Um futuro que deve ser iniciar aqui e agora.