Quer resultados financeiros com produtividade sustentável? Una o ESG à Inovação

É possível aumentar as receitas e reduzir o impacto ambiental nos negócios? Desde que o ESG passou a ser a tônica do mercado, muitas empresas ainda resistem a adotar práticas sustentáveis, pois imaginam que terão de fazer grandes investimentos em sua forma de produzir, revisando como operam, e que isso terá impacto negativo nos resultados financeiros.

Só que esse entendimento está completamente errado. Certamente no início serão necessários investimentos, mas estes podem ser escalonados em uma estratégia de curto, médio e longo prazo. A certeza é de que o Retorno sobre o Investimento (ROI) com certeza virá e, melhor ainda, sem causar danos ao planeta. 

Respondendo à pergunta inicial, é sim, totalmente possível obter resultados financeiros com produtividade sustentável. E a palavra que impulsiona esse processo é INOVAÇÃO. 

Diante dos imensos desafios ambientais e sociais que temos no planeta, faz muito sentido que soluções criativas e inovadoras sejam a saída para gerar novas formas de produzir de forma sustentável. Ao mesmo tempo, a inovação gera oportunidades de novos negócios, podendo criar novas linhas de receita para a organização.

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Como as empresas podem buscar, por meio da inovação, ampliar seu impacto ESG?

– Melhorando a eficiência dos processos produtivos – De acordo com o estudo “Reimaginando o Futuro da Indústria 2023”, da EY, que ouviu 1.300 organizações, 35% dos participantes têm na sustentabilidade a principal motivação para investir em novas tecnologias inovadoras como 5G, Inteligência Artificial e Internet das Coisas e 76% creem que essas tecnologias podem exercer um papel crítico na diminuição das emissões de carbono de suas empresas.

– Aliando-se a startups – Empresas e startups, isto é, investir em inovação aberta é outro caminho de sucesso. O Ranking Top Open Corps 2023, que mapeia o envolvimento de grandes companhias com startups e ecossistemas de inovação, registrou um total de R$ 6,4 bilhões em 2023 de contratos de empresas relacionados à inovação aberta. Um exemplo prático: a Coca-Cola fez uma parceria com a startup chilena Kran, que desenvolveu uma tecnologia que reduz em até 50% o consumo de água no processo de lavagem de equipamentos ou descontaminação de garrafas.

– Criando novos produtos e serviços – Em 2021, a BASF gerou vendas de 24,1 bilhões de euros com produtos sustentáveis, que representava 30% das vendas totais. A água AMA, da Ambev, reverte 100% do lucro do produto para levar acesso à água potável para as comunidades que não têm. Desde 2017, mais de 600 mil pessoas foram beneficiadas.

– Fazendo Parcerias com Terceiro Setor e Cooperativas – Investir em reciclagem faz bem ao meio ambiente, reduz custos da operação e gera impacto social. Vamos a um exemplo? A Nestlé apoia mais de 8 mil catadores e catadoras de materiais recicláveis em todo o Brasil e tem parcerias com o Instituto Recicleiros e Reciclar pelo Brasil. Ela também fez parceria com uma startup especializada em soluções de economia circular e logística reversa, a Yatto.

– Incentivando a Inovação por meio da Diversidade da Equipe – Ter um time com diversidade de pessoas promove não só a equidade e a inclusão como gera equipes mais inovadoras. Para pensar e criar soluções disruptivas é preciso entender as dores do cliente sob diversos pontos de vista. Quanto mais diversa for a equipe, mais ideias que representam diferentes grupos sociais surgem. Um estudo realizado pela Accenture mostrou que organizações diversas e inclusivas são 6 vezes mais criativas e 11 vezes mais inovadoras que seus concorrentes.

Agora que ficou mais claro que a inovação é um forte aliado do ESG, é hora de começar a usar essa oportunidade como vantagem estratégica para sua empresa e, ao mesmo tempo, para o planeta e para a sociedade!