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Não crie post, crie comunidade

Acessibilidade

Mais do um simples conteúdo, a comunidade alimenta as marcas e traz oportunidades de negócios. Saiba como utilizar esse recurso.

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Por Álvara Bianca Publicado em 20 de junho de 2023

Acessibilidade


Em uma cultura do cancelamento, um simples post pode colocar tudo a perder. Dá para acreditar? É justamente aí que vem a importância de criar comunidades que sustentem as marcas

Se você quer evitar contratempos, melhor focar na cultura da retenção. Kika Brandão, líder da Estúdio Eixo, alerta que as marcas tem dificuldade de compreender a comunidade se não está por perto. “Só ver dado é longe. Para uma marca ser relevante culturalmente é diferente de ter um bom KPI”. 

E não é só isso. Para discutir como as comunidades alimentam as marcas e trazem oportunidades de negócios, reunimos um time de especialistas durante o GrowthCast, videocast feito pela B&Partners durante o ProXXIma 2023

Acompanhe as principais dicas para colocar em prática e ser uma brand love.  

Creator não leva esse nome por acaso 

Vitor Knijnik, sócio-fundador da Snack, alerta que as marcas tem dificuldade de pensar como publisher ou creator visto que a publicidade como a gente conhece tem 200 anos e ser um creator é algo de 15 anos. Sem contar, é claro, que nesses últimos anos muita coisa mudou. 

“Quando se fala em conteúdo é uma palavra muito elástica e, às vezes, quer dizer muita coisa. Uma boa maneira de pensar o conteúdo é como a não publicidade. Porque você fazer conteúdo implica você abdicar falar de si mesmo e falar o que uma audiência tem interesse. Implica você definir uma linha editorial que vai ser um recorte, ou seja, você não vai falar com todo mundo”, comentou Vitor. 

Pensar e agir como creator envolve muita coisa, não é só gravar um vídeo. É preciso saber as boas práticas de cada plataforma, a linguagem adequada, conhecer quem é seu público, além de saber ler os dados. 

Se por um lado as marcas tem recursos que os influencer não tem, por outro Gessica Justino, especialista em cultura e relacionamento e Brand Manager no Nubank, destacou que é preciso respeitar os espaços da relação. “Tem que caminhar num contato horizontal com a audiência porque só ela conhece seu território tão bem”. 

Não é só surfar a onda 

A partir da proposta de negócio, tem que entender qual é o drive cultural. É preciso saber escolher onde se posicionar de forma estratégica, conectado com a realidade da marca na vida das pessoas.

Gessica apontou que a marca não precisa se poscionar em tudo, mas precisa ter consciência do que é ela não se posicionar. E Gustavo Sartori, gerente de marketing de conteúdo e influência no iFood, complementou: “Se posicionar em tudo tem que ter teto de vidro muito forte”. 

Já para Kika os meses temáticos podem ser poucos verdadeiros e não entregam impacto lá na ponta. “Marcas de produtos de beleza, maquiagem, você quer falar com a comunidade LGBTQIAPN+, como você faz isso, a partir de que lugar você começa se nunca falou?”. Para contornar isso, a Estúdio Eixo criou um guia de boas práticas para anunciantes. 

Construa um “colchão reputacional”

A reputação não é construída do dia para a noite. É preciso fazer a coisa certa alinhada ao seu propósito, além de criar uma rede que sempre vai estar perto para ressoar sua marca.

No marketing de conteúdo, por exemplo, Vitor destacou que não é só entrar, é permanecer. “Produção de conteúdo tem que ser perene, não entra dá o recado e vai embora”. 

E quando se cria conteúdo, é preciso acreditar e ter coragem, conforme Gessica apontou. “No posicionamento de marca, a partir desse momento que ela decide estar ali ela tem que estar preparada para as pedras que vão vir e entender como ela tem o colchão reputacional que possa sustentar esses ataques. Porque é isso, toda onda pesada passa. Então eu acho que um colchão reputacional é uma construção, a comunidade também pode ser esse lugar de colchão reputacional, que vai sustentar todas essas variáveis, ataques, crises, cancelamentos”. 

Confira o GrowthCast sobre comunidade na íntegra no nosso canal do YouTube. 

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