Acessibilidade
O data storytelling é uma técnica que transforma informações complexas em algo mais simples de ser assimilado pelas pessoas.
Por Álvara Bianca Publicado em 13 de junho de 2024
Está com dificuldades em transformar os dados brutos em histórias envolventes e fáceis de entender? A tarefa pode não ser tão simples, mas como todo bom profissional de marketing, é preciso conhecer técnicas que ajudem a traduzir os números em uma apresentação atraente para os stakeholders.
O data storytelling, ou narrativa em dados, permite apresentar informações complexas de forma clara, concisa e impactante, engajando o público e transmitindo mensagens de forma mais efetiva.
Vamos conhecer alguns exemplos mais práticos de como você pode usar o data storytelling. Em vez de apresentar tabelas e gráficos de forma isolada, é possível criar relatórios anuais com histórias envolventes que ilustram o desempenho da empresa, destacando conquistas e oportunidades.
Até mesmo campanhas de marketing podem ser mais eficazes ao utilizar o data storytelling para apresentar dados de pesquisas, demonstrar o impacto de produtos ou serviços e contar histórias de clientes satisfeitos.
Também dá para criar dashboards interativos para que as pessoas consigam explorar informações sozinhas, descobrindo insights e tendências relevantes para suas áreas de atuação.
Os infográficos também podem ficar mais atraentes combinando texto, imagens e dados para comunicar informações complexas de forma visualmente mais fácil de assimilar.
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O ouro por trás dos dados não estruturados
Apesar da infinidade de dados disponíveis, segundo o Fórum Econômico Mundial, até 2025, serão gerados diariamente em todo o mundo cerca de 463 bilhões de gigabytes de dados, não se assuste. O grande desafio está em escolher quais dados são mais relevantes e como apresentá-los para o seu público de forma simples.
Acompanhe as seis etapas de como usar o data storytelling em suas apresentações.
Para começar a fazer data storytelling, você deve ser claro com seus objetivos e quem é seu público para que você possa analisar os dados com um propósito em mente.
“Isso apenas nos ajuda a focar em uma hipótese e torna a análise muito mais eficiente do que se você estivesse apenas tentando ferver o oceano”, conforme Vladimir Hanzlik, editor executivo e vice-presidente sênior de conteúdo da EMARKETER, comentou durante um webinar.
Pense no que você deseja comunicar ao seu público e no que é importante para ele e, em seguida, crie um esboço da história. Nesta fase, você pode não ter olhado os dados, então é normal que sua hipótese seja um espaço reservado com perguntas sem resposta.
Para evitar dúvidas sobre a precisão ou confiabilidade dos dados, reúna informações de terceiros internos e confiáveis. Use sua própria lógica para garantir que os dados estejam alinhados em diversas fontes e que as definições e medições sejam consistentes.
“À medida que trabalhamos com os dados para testar as nossas hipóteses e preencher quaisquer lacunas de dados, tentamos sempre manter a mente aberta para coisas novas, interessantes e importantes que possamos aprender”, disse Hanzlik. Mudanças de tendências, dados contraditórios e valores discrepantes também merecem atenção, ajudando o público a obter uma imagem mais completa e imparcial.
“É sempre tentador descartar um valor atípico como algo que não se ajusta perfeitamente ao resto da sua análise, mas você pode aprender muito descobrindo o que há de especial neles”, disse ele.
“Muitas vezes encontramos análises que entram em conflito com as nossas hipóteses iniciais. E quando o fizermos, precisaremos rever a nossa história”, disse Hanzlik que até brincou que não é para simplesmente varre-los para debaixo do tapete.
De acordo com Hanzlik, a melhor forma de apresentar os dados pode ser bem diferente de como eles se pareciam durante a análise. Por mais tentador que seja mostrar dados e a amplitude da pesquisa, tente exibir apenas o que é relevante para o seu público.
“Direcione a atenção do seu público e diga-lhes exatamente o que você acha que eles deveriam extrair de sua análise”, disse Hanzlik, seja uma conclusão prática ou um exercício de reflexão.
Esta etapa garante que você construa influência junto ao seu público, especialmente se você fizer isso com confiança. “Você provavelmente está muito mais próximo dos dados do que qualquer outra pessoa na sala, então você conquistou o direito de ter uma opinião sobre eles”, finalizou Hanzlik.
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Para ajudar na visualização dos dados, é possível utilizar softwares como Tableau, Power BI e Qlik Sense, que permitem criar gráficos, mapas, dashboards e outras visualizações de dados interativas.
As apresentações de data storytelling podem ficar mais atraentes usando ferramentas como PowerPoint, Keynote e Prezi ou mesmo se for em vídeo com uso do Adobe Premiere Pro e Final Cut Pro.
Já softwares como Adobe Photoshop, Illustrator e Canva podem auxiliar na criação de elementos visuais como ícones, ilustrações e infográficos para aprimorar suas histórias com dados.
Quando você domina a arte do data storytelling, seus dados se tornam mais acessíveis para diversas pessoas até mesmo aquelas sem conhecimento técnico em análise de dados. O PPT pode deixar de ser tão chato e passar a despertar o interesse das pessoas.
A partir de histórias bem estruturadas com dados relevantes, fica mais fácil analisar as informações e tomar decisões mais assertivas. Sem contar que histórias convincentes com dados podem influenciar positivamente a opinião e o comportamento das pessoas.
Viu só como o data storytelling pode ser uma ferramenta para traduzir os dados de forma interessante e alcançar seus objetivos de forma mais eficaz?
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