Hiperconectividade e Cultura do Trabalho: Estudo Eixo
Por Bianca Sousa
Acessibilidade
Em tempos desafiadores como hoje, construir uma estratégia com o consumidor no centro das escolhas olhando a relevância cultural é essencial.
Por Redação Publicado em 29 de março de 2022
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Estar atento às novas trends, marcar presença nas redes com conteúdo que gere comprometimento com seu público são assuntos pontuais para a maioria das marcas atualmente. A relevância cultural nunca foi tão necessária para as empresas que desejam destaque.
Mesmo sendo um assunto quente, estar atento aos movimentos que acontecem na sociedade é também um diferencial para quem busca esse lugar nessa nova era digital. E para isso, só incorporar os memes que estão em alta nas redes sociais não é o suficiente. É muito além disso.
Mas vamos voltar para o início: o que é essa tal de relevância cultural? Como uma marca pode se movimentar a partir desses dados?
Em parceria com a Kantar, o Twitter realizou em 2021 o levantamento “Relevância Cultural e a sua Importância para as Marcas”, para entender os principais motivos de decisão de compra dos brasileiros. Para a surpresa (ou não) de muitos, uma das respostas foi justamente a relevância cultural de uma marca, ou seja – as características que podem trazer algo positivo para a sociedade, e que esteja em conexão com os temas atuais, é decisiva quando o consumidor tem a intenção de comprar e, posteriormente recomendar.
Um exemplo é próprio Twitter, que se tornou um canal importante de interação entre marca, consumidor e os assuntos que são importantes para a sociedade.
Em tempos desafiadores como o que vivemos, construir uma estratégia com o consumidor no centro das escolhas é se conectar de forma cuidadosa às conversas que são consideradas interessantes – ao se conectarem com a cultura conduzindo parte dessas respectivas conversas, as marcas também tem a chance de serem lembradas de forma positiva: quando as organizações apoiam ou promovem causas sociais com impacto na sociedade, mais receita elas atraem (73% de relação direta).
Vimos recentemente a Magazine Luiza criando um programa de trainee exclusivo para pessoas pretas e outras empresas se posicionando em apoio ao mês do orgulho LGBTQIA+, em junho. Essas são ações que são inteiramente conectadas aos resultados das respectivas empresas.
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“Deixo de acompanhar uma marca quando é tudo sobre ela. Toda conversa e interação são desculpas para falar de si mesma. Uma hora, cansa, ainda mais em ambientes mais social media, pra mim isso desliga. Tudo é uma grande desculpa para vender”, explica Chiara Martini, Creative Strategy Director da Cola Cola, no primeiro episódio dá séria B&Learn no YouTube da B&Partners.co.
Ativar a curiosidade e interesse da sua marca por aqueles espaços que parecem inacessíveis é importante nesse caminho. “Desde 2006, quando o YouTube surgiu, veio com ele a produção de conteúdo feito por mulheres negras sobre cabelos cacheados. Até então, o que você tinha em termos de propaganda, era comunicação para cabelos lisos. Toda a cultura era focada em cabelos lisos. Essas mulheres criaram conteúdos de forma independente e assim, criaram comunidades”, ressalta ressalta Ian Black, Co-CEO, Founder & Partner da New Vegas no B&Learn.
“Isso aumentou no Instagram, para se ter uma ideia, os cinco maiores grupos de cabelo cacheado no Facebook reúne um milhão e meio de pessoas e mais de 500 publicações por dia. Foi um movimento fora de marcas que cresceu de forma absurda, e que a maioria das marcas não tem estrutura pra conseguir capturar o que é esse momento e conseguir crescer junto com ele”, finaliza.
Ouça o podcast e entenda como se conectar com a sua comunidade e criar algo novo e expandir esse espaço.
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