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Mercado de assinaturas 2024: dos streamings à energia solar

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O mercado de assinaturas em 2024 vai bem além da guerra dos streamings. Veja quanto o brasileiro gasta por mês e suas preferências.

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Por Álvara Bianca Publicado em 27 de fevereiro de 2024

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Há alguns anos, quando se falava em serviços por assinatura vinha logo à cabeça jornal, revista ou TV a cabo, não é mesmo? Porém, na última década vimos disparar a quantidade e a variedade de planos de assinatura. Nesta lista entram tanto os streamings, como Netflix ou Disney +, como assinatura de vinhos ou até energia solar. 

Para entender a mudança dos hábitos dos consumidores, sobretudo no período pós-pandêmico e também para os próximos anos, a Opinion Box e a Vindi fizeram a “Pesquisa de Assinaturas 2024”

Foram realizadas 2.075 entrevistas no Brasil, sendo que 68% da amostra total afirmaram ter assinaturas de serviços digitais. Além disso, 23% da mesma base relataram assinar não apenas itens digitais, mas também serviços físicos. E apenas 9% do público indicou ter assinaturas somente de produtos ou serviços físicos.

Já em relação a quantidade, 79% assina entre 1 e 4 serviços/produtos de forma recorrente. 

Novos mercados de assinaturas em 2024

Observando o mercado de assinaturas em 2024, há muito espaço de crescimento para serviços e produtos recorrentes. Dois segmentos que estão em franca expansão neste momento no Brasil são as assinaturas de energia solar e o crescimento de SaaS para o mundo da agricultura e agropecuária.

A energia solar já ascende como a segunda principal fonte na matriz elétrica brasileira. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Abesolar)⁵, em 2019 existiam menos de 500 usinas com essa finalidade no país. Em 2023, o número passou para 7 mil usinas, atendendo 350 mil consumidores.

O campo e tecnologia estão em expansão, sendo que as agtechs brasileiras receberão 75% do investimento em startups do agro na América Latina em 2026. Nos últimos anos, novas Plataformas SaaS (Software as a Service) estão surgindo e ganhando destaque com diversos tipos de soluções.

Já em relação a produtos físicos, as assinaturas de vinhos, artigos para pet e livros têm experimentado crescimento relevante. 

Gráfico com o % de assinaturas de produtos físicos. Vinho lidera com 12%.
No topo do ranking de assinaturas de produtos físicos estão os vinhos com 12%, seguido pelo pets (11%).

Gastos com assinaturas

Sabe de cabeça quanto você gasta mensalmente com assinaturas, planos e mensalidades? Bom, a Pesquisa de Assinaturas 2024 aponta que a maior representatividade de valores está entre R$51 e R$100 (29%).

Vejam só quais são os serviços que se destacam nessa faixa: Clubes de lazer, com 34%, seguidos por Telefone Celular (30%), Internet (29%), Conta de Luz (29%), Conta de Água (29%), e Sócio Torcedor (29%).

Esses resultados indicam oportunidades para empresas desses setores otimizarem estratégias de engajamento, fidelização e precificação. Os negócios têm a oportunidade de ajustar suas abordagens com base nestes dados, visando uma resposta mais alinhada às necessidades e preferências do público nessa faixa de gastos.

Já quando os valores vão de R$101 a 200, destacam-se as Tags de Estacionamento e Pedágio (32%), Fitness (32%), Clubes de Assinatura (32%), TV a cabo (31%), Educação (31%), Seguro de Carro (30%), Seguro de Vida (30%), Plano de Saúde (29%), Condomínio (28%), Assinatura de Jornal ou Revista (28%), Conta de Gás (28%), Seguro de Casa (28%) e Aluguel de Carro (22%).

O cenário pós-pandemia trouxe algumas alterações: enquanto 35% optou por contratar novos serviços, como streamings, 17% cancelou serviços digitais.

De forma geral, a principal razão para o cancelamento de assinaturas é a insatisfação com o serviço/produto (53%).

A Pesquisa Assinaturas 2024 também indica que 24% da amostra considera essencial pagar por serviços como Netflix e Spotify e 81% cancelaram assinaturas devido ao aumento de preço, seja em uma ocasião única ou em repetidas vezes, indicando a sensibilidade dos consumidores a mudanças nos custos. O cartão de crédito é a forma de pagamento mais popular para pagar de serviços por assinatura (64%).

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Guerra dos streamings

O mercado de assinaturas se fortaleceu e streamings de vídeos como Netflix, Disney+ e GloboPlay possuem a esmagadora maioria das assinaturas. Isso abre os caminhos para que as empresas explorem outros tipos de assinaturas.

Pelos dados da pesquisa, é possível observar a tendência dos assinantes terem mais de um streaming de vídeo. Especialmente com a pulverização de conteúdos exclusivos nas mais diversas plataformas, a audiência tende a optar por pagar mais de uma assinatura para acompanhar as novidades.

Mais de 75% das pessoas que têm um streaming tem Netflix e quase 25% só assinam esse. Mais da metade das pessoas que têm um streaming tem Prime Video, mas 90% do seu público assina outros streamings. A Globoplay, HBO Max, Star+ e Disney+ estão presentes em até 1/3 do público, sozinhos ou em conjunto com outros. 

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