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Fantasias de carnaval: 5 exemplos para não vestir

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Trajes como índio ou cigana podem parecer inofensivos, mas são algumas das fantasias de carnaval para abolir nos bloquinhos. Saiba mais!

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Por Álvara Bianca Publicado em 6 de fevereiro de 2024

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O Carnaval se aproxima e já é hora de pensar no traje para curtir a folia na avenida os nos bloquinhos. Muito glitter, plumas e confete? Claro! No entanto, fique de olho pois algumas fantasias podem ser desrespeitosas para alguns grupos minoritários, povos e até mesmo culturas. 

Para não ter esse risco, selecionamos 5 fantasias de Carnaval que devem ser evitadas, não só no Carnaval, mas em qualquer momento que exija uma caracterização. 

Confira!

1 – “Índio”/Indigena

Algumas pessoas acreditam ser uma homenagem ou brincadeira, no entanto, fantasiar-se de indigena é uma apropriação cultural ofensiva. Há outras formas de homenagear esses grupos étnicos, e uma delas é ajudar os povos Yanomamis, por exemplo. 

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2 – Nega Maluca ou Black Face

O uso desse tipo de caracterização tem diminuído, mas é sempre bom reforçar. Existem muitos problemas com essa “fantasia”: reforço de esteriótipos, racismo, apropriação cultural, e na maioria dos casos, hipersexualixação da mulher negra. 

3 – Cigana, japonesa ou muçulmana

Para esses grupos étnicos, é quase a mesma problematica. Usar trajes típicos de outra cultura é estereotipar uma nação, banalizar símbolos culturais, costumes e tradições. 

4 – Serial Killer

Recentemente, vimos uma onda de fantasias de Jefrey Dahmer, devido ao sucesso da série na Netflix que conta a história do caso. No entanto, não há nada de divertido em vestir-se como um criminoso. Pense que essa atitude coloca um assassino, que matou muitas pessoas de forma sádica, como um herói ou uma figura admirável. 

5 – Iemanjá ou qualquer orixá

Utilizar símbolos religiosos de maneira inadequada pode ser ofensivo para as comunidades religiosas. As religiões de matriz africana como o Candomblé e a Umbanda foram perseguidas e até proibidas pelo Estado e Igreja. 

Recentemente, vimos Mãe Bernadete, mãe-de-santo e liderança nacional quilombola, ser assassinada com tiros dentro do terreiro de candomblé na Bahia. 

Por isso, mesmo que pareça uma homenagem, vestir-se como Iemanjá acaba tendo o efeito contrário, porque banaliza essas figuras, que têm significado sagrado e são parte integrante das crenças religiosas de muitas pessoas. 

Lembrando sempre que o respeito é a chave para um Carnaval verdadeiramente inclusivo, estas sugestões de fantasias de carnaval para se evitar garantem que todos possam participar da festividade sem perpetuar preconceitos ou ofender minorias étnicas. Vamos celebrar a diversidade com criatividade e respeito neste Carnaval!

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