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Creator economy: 81,4% dos creators ganham dinheiro com seu trabalho

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Dentro da creator economy, pesquisa revela que Instagram e TikTok seguem como as principais plataformas para fechar jobs.

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Por Álvara Bianca Publicado em 25 de janeiro de 2024

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A produção de conteúdo digital é cada vez mais reconhecida e valorizada. Isso é o que mostrou a pesquisa Creators & Negócios, feita pela Brunch com a YOUPIX. 

A creator economy está em expansão e já movimenta US$ 250 bilhões com potencial para crescer mais de 90% até 2027, segundo pesquisa Goldman Sachs Research (2023). Somente no Brasil, já existem 20 milhões de creators e já é possível identificar que a criação de conteúdo tem se profissionalizado cada vez mais. 

Em 2023, 81,4% dos criadores de conteúdo conseguiram ganhar dinheiro com o trabalho, sendo que desse montante, 37,8% têm na produção de conteúdo sua fonte de renda única. Os valores recebidos ficam entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por mês. 

E quando falamos de negócios, o Instagram segue sendo o principal canal. 77% dos criadores afirmam que é a plataforma em que mais fecham jobs, percentual que se mantém estável em relação ao ano anterior. Ou seja, o Instagram é a principal rede tanto em termos de atuação, quanto em termos de monetização.

Gráfico exibindo as principais plataformas de atuação dos creators
Instagram, YouTube e TikTok são as principais plataformas utilizadas pelos creators

Mas é curioso observar como há mudanças entre as plataformas em que os creators mais atuam e aqueles em que eles mais fecham trabalhos: no quesito jobs com marcas, o TikTok está na frente do YouTube, por exemplo.

Outro dado interessante da pesquisa é que o Twitter perdeu espaço para o Linkedin. Em 2022, o Twitter era a principal plataforma de atuação para 3,2% dos creators, o que a colocava em quarto lugar atrás do Instagram, YouTube e TikTok. Em 2023, o número não alcança nem 1%: 0,6% apenas. E é o LinkedIn que ocupa a quarta posição, tendo sido eleito a principal plataforma de 3,1% dos creators entrevistados.

Os números da creator economy não geram tanta surpresa: em 2022, o LinkedIn investiu cerca de 25 milhões de dólares no seu programa de aceleração de Creators, projeto que pode estar vendo seus primeiros resultados agora. Já o Twitter enfrenta mudanças significativas nos termos de uso e diretrizes da comunidade por conta da gestão de Elon Musk. Até o nome, como todos nós bem sabemos, mudou para X em 2023. 

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Perfil dos creators

Quando olhamos para o perfil de quem produz conteúdo do Brasil, vemos que quase metade (49%) está no estado de São Paulo, sendo que a maioria (83%) vive em capitais ou regiões metropolitanas.

61% dos creators que responderam a pesquisa não consideram o mercado de marketing de influência inclusivo. Em 2022, creators brancos representavam 63% do mercado. Já em 2023, são 66%. O percentual de criadores pretos e pardos segue estável com 16% e 14%, respectivamente.

Ainda que entre os creators os nichos de atuação sejam bastante variados, o nicho de moda, beleza e estilo é o principal (12,2%), seguido por viagem e turismo (5,7%) e comunicação, marketing e design (5%).

Em termos de tamanho da audiência também há bastante variação, sendo que a fatia mais expressiva (32,3%) tem entre 10 mil e 50 mil seguidores. 

Monetização

Conforme mencionamos no início, 81,4% dos creators ganham dinheiro com seu trabalho, ante 74,7% em 2022. Esse aumento impacta diretamente nos números daqueles que, antes, não monetizavam a atuação na internet: em 2022 eram 25,3%, número que caiu para 18,6% em 2023.

Ainda em 2022, jobs com as marcas também eram a principal fonte de receita para os creators. Mas esse número é ainda maior em 2023: antes, 40,1% dos creators tinham no #publi a principal fonte de receita, agora são 50,9%. 

Também houve crescimento nas consultorias, mentorias, cursos e infoprodutos como principais fonte de renda, enquanto a remuneração por adsense segue relativamente estável (6,1% em 2022 frente aos 7,3% em 2023).

Gráfico exibindo as principais fonte de renda dos creators
Jobs com as marcas ocupa a primeira posição do ranking sobre a principal fonte de receita para os creators

É importante destacar que 22% dos creators nunca trabalharam com marcas. Por outro lado, 53% afirmam que aceitam fazer conteúdo em troca de brindes ou produtos. Cerca de 33% dos entrevistados cobram entre R$ 1 mil e R$ 3 mil por um combo de 1 post/reels + 3 stories. 

Além disso, a pesquisa Creators & Negócios 2023 aponta que 87% dos creators avisam quando um post é patrocinado, exatamente o mesmo percentual de 2022. Mas, em 2023, mais marcas pediram para que os criadores não sinalizassem #publi: 37% versus os 22% de 2022. 

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Vale lembrar que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, “a publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal” (código 36). 

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