As novas regras da conversão digital

Diante de um consumidor multicanal, o que as marcas precisam melhorar? Será que com tanta Inteligência Artificial (IA) existe um manual com as novas regras da conversão digital? 

Se hoje temos um cenário onde o consumidor compra de um jeito no começo do mês e no meio do mês de outro, Raphael Vianna, head de Mídia e Canais Digitais da Seara, adianta que não há regras para a conversão. “Estamos tentando descobrir a cada dia. Não tem regra e ela não é só digital. O principal desafio é como a gente organiza tudo isso, todos esses pontos de contato.” 

Trazer personalização e usar automação e tecnologia podem ser boas alternativas para atingir em massa. Mas atenção: tecnologia tem que ser o meio e não o fim, conforme apontou Denys Fehr, fundador e CEO da Just a Little Data, durante o GrowthCast, videocast feito pela B&Partners durante o ProXXIma 2023 renindo vários especialistas. 

Quer saber mais? Então, continue a leitura!

Dados para conversão

Profissionais de mídia devem entender que o uso dos dados não precisa se restringir apenas a venda no digital. Ele serve para conhecer melhor a pessoa e ser relevante dentro da jornada. 

Camila Serrano, head de Negócios da Telostot, comentou sobre a importância de ter os times preparados e conhecer muito bem o cliente para propor a melhor solução. “Eu tenho que ter os meus dados ali para entender esse comportamento e conseguir atuar na melhor jornada do meu cliente.”

E num país continental como o Brasil, sabia que até a forma de consumir mortadela muda em cada região? Raphael reforçou sobre a importância da personalização: “Eu acho um absurdo entregar a mesma campanha para 150 milhões de brasileiros”. E pontuou que a Seara tem anúncios diferentes sobre mortadela para o público do sul, sudeste ou nordeste, com base nos dados coletados. 

Estratégias casadas 

Para cada público é preciso ter uma estratégia completa de funil porque as pessoas são diferentes e estão cada vez mais exigentes. 

Denys comentou que, ao fazer consultoria, é comum encontrar marcas com estratégia de awereness, de meio e fundo do funil que, muitas vezes, nem se falam. “Então, você tem uma estratégia desenhada de ponta a ponta entendendo a dimensão e força de cada uma dessas etapas é um começo de história para você organizar e entender o que pode melhorar, otimizar em cada uma dessas etapas. Qual sua estratégia inteira de funil para cada produto, nicho?”. 

First-party data além da tecnologia 

E num momento onde tudo está conectado e a tecologia é uma grande aliada para gerar dados do consumidor – a nova corrida do outro, Denys levantou a questão do “porque vou querer me conectar a marca?”. 

É preciso entender como as marcas podem fazer parte da vida das pessoas para que assim faça sentido ela compartilhar os seus dados.

Ainda mais quando entra em cena o fisrt-party data, isto é, informações geradas por uma empresa sobre seus consumidores a partir dos seus canais de venda, pesquisa e promoção. 

O Open Finance já pode ser considerado o começo dessa evolução uma vez que os clientes podem escolher livremente com quem compartilhar os seus dados financeiros. 

Depois de ter os dados captados, vem a hora de traçar estratégias, como, por exemplo, o programa de fidelidade. Camila acredita que eles tem uma maturidade bastante alta em personalização e sabem trabalhar essa retenção do cliente. “Os programas de fidelidade começaram essa corrida por dados e personalização lá atrás e hoje o cliente escolhe ficar com sua marca se você entrega algum valor ali para ele e se sente recompensado por estar ali”. 

Quer continuar entendendo como aumentar a conversão digital da sua marca? Confira o GrowthCast na íntegra no nosso canal do YouTube.