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O potencial do empreendedorismo coletivo
Acessibilidade
Para Romero Rodrigues, o empreendedorismo coletivo alavanca competências core e aumentando o valor de todos os negócios.
Por admin Publicado em 16 de novembro de 2023
Acessibilidade
Empoderar o consumidor. Esse era o intuito de Romero Rodrigues quando criou o Buscapé – comparador de preços – para acompanhar do começo ao fim a jornada do consumidor. Com as mudanças do mercado, a plataforma já não existe como antes. Ela foi vendida em 2009 para o Naspers, que a revendeu em 2019 para a rival Zoom.
Diante de todas transformações no setor, Romero passou a estimular e promover o empreendedorismo investindo em startups. Atualmente, é Gestor de Fundos de Venture Capital na Headline e compartilhou um pouco da sua trajetória durante o Partner Summit, evento da B&Partners.
Em 2012, quando nem existia o termo venture capital, lançou a competição de startups “Sua Ideia Vale Um Milhão”. O programa chegou a ter mais de 800 candidatos e o vencedor recebia um aporte de R$ 300 mil e o Buscapé comprava 30% da empresa. A Hotmart e a Cuponeria foram vencedoras do prêmio Buscapé “Sua Ideia Vale Um Milhão”.
“Quando vários founders/empreendedores unem diferentes negócios que possuem complementariadade, alavancando competências core, e aumentando o valor de todos os negócios. Valor final é maior que a soma dos negócios. O resultado é uma plataforma ou ecosistema de aceleração “, destaca.
Vantagens de um ecossistema de aceleração
Num ecossistema de aceleração, Romero destacou que a complementaridade traz uma série de benefícios como o aumento da receita média de cada cliente através de upsell com contexto do momento do cliente.
Além disso, há o aumento do lock-in de cada cliente ou mesmo aumento do custo de troca, pela burocracia e gestão de diferentes contratos.
Também é possível ver o efeito da rede de dados ao combinar dados de diferentes soluções/negócios, criando zonas de inteligência exclusivas, tornando a solução única e difícil de substituir.
O empreendedorismo coletivo ainda gera o diferencial competitivo ao prover uma solução one-stop-shop.
“Quando você tem um ecosistema de aceleração é mais fácil atrair gente, escala para negociação, mas acho que a complementariedade o mais forte”, avalia Romero.
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House of brands ou brand of houses?
É melhor ser uma house of brands ou uma brand of houses? Para Romero, ambos englobam uma série de vantagens e desvantagens.
No branded house quando você é uma marca nova ou uma iniciativa nova, você já é alguma coisa e, obviamente, leva todas as qualidades e atributos daquela marca-mãe, você já sai com toda plataforma de negócios da marca-mãe.
Quando você vai para uma house of brands, você tem desafios também. Como é que transmite o equity de uma marca para outra e como você faz essa transferência? Mas por outro lado, essas marcas são mais isoladas, mas é tudo 100% da mesma empresa.
Para ilustrar os dois cenários, o co-fundador do Buscapé trouxe o Google como exemplo de branded house (uma marca com diversos produtos: Gmail, Drive, Youtube) e a P&G como house of brands (uma casa de marca que reúne nomes como Pampers, Duracell e Pantene).
“Quando a gente pensa em ir para o sistema de negócios está muito claro se você está aqui na esquerda (Google) tendo muito mais dificuldade para eventualmente spinofar e maximizar o valor dos ativos. É muito mais difícil o Google vender só o Gmail do que a P&G vender ou comprar só uma ação. No final do dia você consegue produzir mais valor com a soma das partes com house of brands do que branded of houses”, finaliza Romero.
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