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O que é greenwashing e como identificar

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Vamos explorar o que é greenwashing e o que está por trás das práticas enganosas para criar uma imagem sustentável.

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Por Álvara Bianca Publicado em 7 de março de 2024

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Em um mundo onde a conscientização ambiental está no auge, muitas empresas buscam brilhar com a aura do verde, mas será que todas estão realmente comprometidas com práticas sustentáveis? É justamente aí que surge o greenwashing, uma prática que tem sido adotada por algumas empresas que fazem uma divulgação falsa sobre sustentabilidade

É extremamente importante que esse tema esteja no centro das estratégias de marketing para trabalhar de forma transparente e verdadeira as práticas que as empresas precisam seguir para ser ESG de verdade. 

Ao longo do artigo, vamos explorar como a autenticidade ambiental não só conquista corações e mentes, mas também molda o destino das empresas em um mundo cada vez mais comprometido com a responsabilidade ecológica. 

O que é Greenwashing?

O termo Greenwashing (do inglês, “lavagem verde”) surgiu no início da década de 1990, depois da publicação de um artigo na revista New Scientist no qual a expressão “greenwash” foi usada pela primeira vez.

Ele consiste numa uma prática enganosa na qual as empresas apresentam uma imagem ambientalmente responsável, mas, na realidade, suas ações não condizem com as alegações feitas. Assim, o greenwashing nada mais é do que é uma maneira de enganar as pessoas, utilizando para isso práticas desonestas de comunicação.

Como identificar o greenwashing nas empresas?

Algumas empresas tentam disfarçar, mas existem sinais que evidenciam uma tentativa de manipulação. Por isso, para identificar o greenwashing nas empresas, é preciso uma abordagem crítica e atenta às práticas de marketing e comunicação. 

Um dos principais pontos é a verificação de certificações. Certifique-se de que as alegações de sustentabilidade estão respaldadas por certificações reconhecidas. Avalie a autenticidade dessas certificações e sua relevância para o setor.

Também é importante examinar a integridade ambiental ao longo da cadeia produtiva. Empresas verdadeiramente comprometidas com a sustentabilidade garantem que suas práticas se estendam a fornecedores e parceiros.

Examine se as práticas alegadas pela empresa realmente causam um impacto positivo no meio ambiente. Ações tangíveis, como redução de emissões de carbono, são indicadores mais confiáveis do que promessas vagas.

Alem disso, é importante fazer uma analise das reivindicações da empresa em relação às práticas da concorrência. Se uma empresa se destaca de forma muito positiva sem justificativa clara, isso pode ser um sinal de greenwashing.

Outro ponto para observar é se há fácil acesso a informações detalhadas sobre as práticas sustentáveis da empresa. Geralmente, as empresas autênticas são transparentes. 

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Como trabalhar o ESG na comunicação das empresas?

Quais as vantagens de combater o greenwashing?

Combater o greenwashing nas empresas traz uma série de vantagens, não apenas para as próprias organizações, mas também para a sociedade e o meio ambiente. Uma das principais vantagens é a credibilidade e confiança do consumidor. Ao combater o greenwashing, as empresas conquistam a confiança de consumidores conscientes, aumentando a fidelidade à marca.

As empresas que demonstram um compromisso genuíno com a sustentabilidade se destacam positivamente em um mercado saturado. Isso contribui para uma reputação sólida e positiva. Além disso, evita ações judiciais por publicidade enganosa e práticas comerciais antiéticas.

Sem esquecer que ao focar em práticas sustentáveis genuínas, as empresas contribuem de maneira efetiva para a preservação do meio ambiente, promovendo ações que têm impacto real.

Como evitar o greenwashing?

Para evitar o greenwashing, as empresas devem ser totalmente transparentes. Isso inclui divulgar informações detalhadas sobre práticas sustentáveis, permitindo que os consumidores avaliem a autenticidade.

De nada adianta passar uma imagem que não é real. Dessa forma, é fundamental iimplementar ações sustentáveis tangíveis, alinhadas com os valores ecológicos da empresa. Garanta ainda que as mensagens de marketing sejam precisas e não levem a interpretações errôneas.

Complemente a leitura:
“SDGs in Brazil”: lições e reflexões para um futuro sustentável

Exemplos famosos de greenwashing

Em 2015, veio à tona o escândalo de manipulação de emissões de poluentes pela Volkswagen. A montadora alemã foi acusada de instalar um software em milhões de veículos a diesel, projetado para detectar quando os carros estavam sendo testados para emissões e, assim, reduzir artificialmente os níveis de poluentes. O escândalo teve repercussões globais, resultando em bilhões de dólares em multas, processos judiciais, quedas nas vendas e danos significativos à reputação da Volkswagen.

Já em 2010, foi a vez da British Petroleum (BP) ter sua imagem abalada por conta do greenwashing. O escândalo, desencadeado pelo desastroso vazamento de petróleo no Golfo do México, foi agravado pela aparente contradição entre a imagem que a empresa buscava projetar e suas práticas reais. 

Antes do acidente, a BP havia lançado a ambiciosa campanha de marketing “Beyond Petroleum” (Além do Petróleo), promovendo-se como uma empresa comprometida com fontes de energia mais limpas e sustentáveis. No entanto, o vazamento maciço revelou graves falhas nas operações e na segurança da BP, manchando sua reputação. 

Por isso não se esqueça: ao combater o greenwashing as empresas podem construir relacionamentos mais sólidos com os consumidores e contribuir de maneira verdadeira para um futuro sustentável. 

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