As marcas estão constantemente em busca de interesse, e nessa disputa por atenção, o entretenimento é um elemento muito poderoso.
Você já ouviu falar na 'Passion Industry'? Esse termo, em tradução livre, é a 'indústria da paixão', e tem tudo a ver com o entretenimento. Ela é, resumidamente, uma forma de conectar pessoas a assuntos e até mesmo ao consumo, a partir de uma paixão – que se torna uma conexão poderosa entre uma marca e consumidor.
Um bom exemplo disso é como os americanos têm feito do esporte um grande meio para o entretenimento acontecer – A NFL (National Football League), dá uma aula sobre o assunto, unindo o esporte, música e entretenimento, criando um ambiente único para o esporte. Esse é apenas um dos vários cases criativos de marcas e empresas que estão dispostas a criar conexões verdadeiras com seus consumidores.
"A paixão é o elemento que faz com que esse ambiente do entretenimento seja um campo fértil para a criatividade. Dentro dele, é possível criar um engajamento maior, conexões legítimas. Quanto maior esse universo, maior a capacidade que as marcas têm de criar a partir desses elementos que geram paixão", explica Enricco Benetti, Co-CEO, CCO & Partner da BFerraz.
A pesquisa Power People’s Passion: Como se dá a jornada das paixões, da Discovery Networks, em parceria com a Tapestry, apontou que 93% dos seus respondentes estão em busca constante de novas informações sobre suas paixões. O estudo identificou que os apaixonados são consumidores ativos, ligados às tendências e novidades do mercado que os conectam a suas paixões, e têm grande poder de influência na decisão de compra daqueles que fazem parte de seu círculo.
Dessa forma, é possível perceber o entretenimento como um grande pilar de negócio: um poderoso mundo para que as marcas possam construir suas comunidades, investindo em relações mais profundas.
"Saímos das redes sociais para as redes de entretenimento. O Tik Tok, por exemplo, surge nesse contexto, te trazer algo que você não segue, mas que talvez tenha a ver com assuntos que vão te interessar. Isso ajuda a formar opinião sobre um determinado produto ou marca, que, à frente, pode ser convertido em consumo ou outro tipo de relação mais transacional de marca com sua fan base", esclarece Enrico Benetti.
Em busca de originalidade
Com as redes sociais se reinventando e criando novas formas de criar conteúdo, a originalidade será o grande diferencial das marcas em 2023 – e esse é o principal desafio em um mar de conteúdos e formatos que muitas vezes se repetem.
"Ao mesmo tempo que existe uma oferta absurda de entretenimento e conteúdos disponíveis, surge a hiper-padronização cultural: tudo fica próximo e parecido. O consumidor busca por originalidade, onde além de aprender e se divertir, sintam vontade de compartilhar", conta o estrategista criativo.
E a originalidade caminha com o contexto. Lembre-se:
Consumidores buscam cada vez mais marcas engajadas.
As marcas precisam estar abertas para testar novas formas de conexões e possibilidades de gerar conversas. O entretenimento está cada vez mais disponível para isso. 2023 é um ano com cenário fértil para as marcas experimentarem o que nunca provaram.
"Que elas possam criar novos formatos, errar e acertar. O importante é entender que estamos em busca de interesse, e nesse momento de disputar atenção, o entretenimento é um elemento absolutamente poderoso", finaliza Enricco Benetti.
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