A blockchain e web3 são inevitáveis. Elas já estão acontecendo, e as marcas não podem deixar de olhar ou não acompanhar esse mercado
Em algum momento da sua vida profissional, você já ouviu falar sobre a web3 e NFT. A verdade é que muitas marcas já estão nesse universo e desenvolvendo suas NFTs, no entanto, será que de fato, é um bom campo de investimento que vai revolucionar os negócios? Ou apenas um assunto em alta, que poderá passar? Porque os investidores estão embarcando nessa aventura tecnológica?
No passado, a tecnologia era um fator. Um tecido, um modo de preparo que antes era único e intransferível, já não é mais. E o que separa as marcas, com todas essas informações e transformações aceleradas? Suas comunidades. É fundamental criar comunidades em volta delas.
No passado, tínhamos a web1, uma internet de leitura, onde as pessoas acessavam para consumir um conteúdo produzido por alguém. Os anos passaram e as tecnologias evoluíram e, consequentemente, os consumidores mudaram. Logo, a internet precisava seguir esse ritmo.
Chegamos, então, na web2: uma internet de leitura e produção de conteúdo, que é onde estamos hoje – os usuários não acessam apenas para consumir, mas também para produzir conteúdos. "Fomos da web1, que era uma web super unilateral, onde, um site produzia um conteúdo para você consumir para a web2, que é uma internet onde você colabora na produção desse conteúdo", explica Mitikazu Lisboa, CEO & Partner da Enterchain, empresa de Web3 da B&Partners.
E agora, com mais avanços não só na internet, mas principalmente na tecnologia e formas de interação, estamos indo em direção à web3, onde além de ler e colaborar com a produção, você também se torna dono do conteúdo. Já imaginou? É mais real do que se imagina. "Por mais estranho que pareça a web3 hoje, a web2 pareceu muito estranha para quem estava na web1. Estamos indo para a web3, que é descentralizada, onde todo mundo é dono de um pedacinho dela", argumenta Mitikazu.
Sua marca não pode perder o timing
Na web2, as comunidades são os perfis nas redes sociais, e nenhuma marca pode abrir mão delas. Na web3, as comunidades acontecem através das NFTs – que funcionam como um certificado de que um consumidor faz parte da comunidade de determinada marca.
"A marca pode abandonar o conceito de comunidade e virar uma commodity, que é uma escolha, mas também uma batalha difícil de travar. Ou pode, definitivamente, entender que a comunidade dela é a coisa mais valiosa que ela tem.Vai integrar, recompensar e tornar sócio cada membro das comunidades e fazer esse negócio ficar cada vez mais forte", comenta o Partner.
Muitas marcas já entraram neste universo. No mundo da moda, por exemplo, Balenciaga, Dolce & Gabbana, Tommy Hilfiger, Gucci já comercializam mercadorias digitais. A Adidas já lucrou mais de R$125 milhões com a venda de NFT no metaverso. Cada NFT foi comercializada por 0,2 ETH, o que dá cerca de US$ 769 (R$ 4,3 mil), e as compras foram esgotadas em poucos minutos.
A blockchain e web3 são inevitáveis. Elas já estão acontecendo, e as marcas não podem deixar de olhar ou não acompanhar esse mercado, já que são tão revolucionárias para a internet quanto as redes sociais foram. Vale trazer um case de sucesso que apostou em novas tecnologias: em 1998, quando todos acreditavam ser o fim da internet, Jeff Bezos montava a Amazon, sob o discurso de que as pessoas fariam comprar pela internet.
A web3 é uma possibilidade real apenas por causa do desenvolvimento do blockchain. Explicando de forma mais simples, o blockchain funciona como um grande cartório digital – ela grava em centenas de milhões de computadores do mundo todo qualquer transação, em blocos criptografados, dessa forma, é possível passar dinheiro, propriedade e contratos, sem precisar de um intermediário.
"É por isso que ela é tão revolucionária, e não vai existir nenhum mercado que não seja impactado por ela. É dessa forma que ela permite a web3: ter suas próprias coisas, própria identidade, sem depender de algum terceiro", contextualiza o CEO.
"O que fica para 2023 é: você tem que escolher seu lado, você pode ficar de fora olhando tudo passar e depois tentar correr atrás ou você pode resolver fazer a diferença agora. Esses serão os pioneiros e que vão colher os grandes frutos da web3", explica Mitikazu Lisboa.
Leave a Comment