Spotify Sparks: veja o que aconteceu na primeira edição

Quando os termômetros na capital paulista marcavam 40°C, no dia 19 de setembro, eis que estava prestes a começar a primeira edição do Spotify Sparks num espaço reservado para profissionais do marketing. 

Desde sua chegada ao Brasil, em 2014, o Spotify tornou-se uma plataforma líder no Brasil, abrindo espaço a artistas e creators que ajudam a definir o que é cultura no nosso país.

De lá para cá, a plataforma de streaming enfrentou vários desafios, sendo o primeiro deles contra a pirataria. Atualmente, o Spotify é a primeira fonte de receita da indústria fonográfica, sendo que em 2022 foram pagos quase R$ 1 bilhão, conforme destacou logo no início Roberta Pate, Business Lead do Spotify Brasil. No total, são mais de 500 milhões de usuários no mundo distribuídos em mais de 180 países. Somente no Brasil, são 130 milhões de ouvintes. 

Mostrando a timeline do Spotify, Roberta comentou que em 2018 foi criado o primeiro podcast original da plataforma, chamado “Eleições na Chapa”. Já 2020 foi um ano difícil por conta das restrições com a pandemia do coronavírus, onde os artistas paralisaram as turnês e as gravações em estúdio. Nesse contexto, foi percebido uma diferença sobre o gosto musical: canções nostálgicas passaram a ganhar espaço nas playlists. 

Em 2021, teve a estreia do podcast “Mano a Mano” e Anitta foi a primeira artista a atingir 6 milhões de streamings em 24 horas. 2020, por sua vez, foi marcado pelo surgimento de podcast com vídeo. A título de curiosidade: o Brasil é o segundo país que mais publica podcast com vídeo. 

Um dos grandes momentos do ano são as restrospectivas trazendo as músicas mais ouvidas na sua playlist naquele ano. Nesses dias, a “Wrapped” é um dos assuntos mais postados e comentados entre os amigos nas redes sociais. 

Spotify entendendo a cultura do Brasil

Já são quase uma década aqui no Brasil e como Renata Lodi, Head de Marketing da América Latina do Spotify, disse: “O Spotify surgiu como uma Tech Brand, se tornou a maior Music Brand e hoje é uma Culture Brand”. 

De olho em como se comporta a Gen Z, já que eles moldam a cultura e a indústria da música, e na personalização: grande ponto para tornar cada perfil de Spotify único. Cerca de 80% das pessoas que usam o Spotify elegeram a personalização e a capacidade de descoberta como as melhores partes. 

Mais do só olhar as tendências, como Marina Daineze, diretora de marketing da Vivo, apontou: “É preciso olhar para a intersecção das tendências porque ali tem ouro para se conectar com as pessoas. Além de perceber qual história faz sentido a marca participar”. 

Rodrigo Azevedo, Líder Editorial do Spotify Brasil, trouxe o que está bombando na plataforma: Top Brasil, funk, sertanejo, pop, gospel…Já na playlist da Gen Z as coisas mudam um pouco: tem trap, funk, K-pop e Top Brasil, entre outros ritmos. Luísa Sonza é a artista mais ouvida da semana, seguida por Ana Castela. 

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Rodrigo até brincou que de 2020 para cá a fé aumentou com a expansão de música gospel no streaming. Até trouxe um termo novo para a maior parte do público com mais de 25 anos que estavam no evento: Phonk – uma playlist com um beat mais agressivo e viral. 

No geral, o Spotify Sparks foi bacana para trazer essa linha do tempo da plataforma, evolução dos podcasts – que agora tem até em vídeo, e o trabalho de trazer marcas para perto. Mas não é trazer e fazer anúncio de qualquer forma, são 3 segundos que a marca está ali para entreter e não interromper o consumidor. E a partir da segmentação inteligente, é possível personalizar o anúncio para a experiência de cada usuário. 

Os ads continuam importantes para manter o modelo fremium e assim possibilitar que mais creators tragam sua arte para o Spotify. Além disso, a plataforma tem investido em programas de fomento aos artistas, como Amplifika, Equal, GROW e RADAR. 

Veigh pode ser considerado um desses exemplos. O músico chegou ao 1° lugar global com o lançamento do álbum “Dos Prédios Deluxe” e tem atualmente quase 10 milhões de ouvintes mensais na plataforma. E o dia encerrou justamente com um pocket show de Veigh, que define o trap como um rap atualizado. O ritmo é favorito entre a geração Z na plataforma de streaming. 

O conteúdo do Spotify Sparks virou um podcast. Ouça aqui o conteúdo de todas apresentações no Spotify.